segunda-feira, 31 de maio de 2010

Membrana Plasmática

Membrana celular

(ou membrana plasmática ou membrana citoplasmática ou plasmalema)

Toda a célula, seja procarionte ou eucarionte, apresenta uma membrana que isola do meio exterior: a membrana plasmática. A membrana plasmática é tão fina (entre 6 a 9 nm) que os mais aperfeiçoados microscópios ópticos não conseguiram torná-la visível. Foi somente após o desenvolvimento da microscopia eletrônica que a membrana plasmática pode ser observada. Nas grandes ampliações obtidas pelo microscópio eletrônico, cortes transversais da membrana aparecem como uma linha mais clara entre duas mais escuras, delimitando o contorno de cada célula.




Quais as substâncias que formam a membrana plasmática?

Antes de responder a esta pergunta é importante lembrar que tanto o interior da célula quanto o seu exterior possui grande quantidade de água.

Você já pode ter observado o que acontece quando pinga uma gota de óleo sobre a água. O óleo não se mistura.

Os lipídeos, substâncias oleosas, são as principais moléculas presentes na membrana plasmática e o fato deles não se misturarem com a água ajuda no papel da membrana plasmática de separação da célula do seu meio externo. Os lipídeos da membrana são chamados de fosfolipídeos e se organizam em uma bicamada (duas camadas justapostas).

Os fosfolipídios possuem uma cabeça polar hidrofílica, formada por fósforo (que pode ficar em contato com a água) e caudas apolares ou hidrofóbicas (que não possuem afinidade por água) que ficam voltadas para o interior da membrana.

Além dos fosfolipídeos a membrana também possui proteínas, que funcionam como portas e janelas da célula, e o glicocálix qeue são molecúlas de açúcares ligados aos lipídeos (glicolípidios) e às proteínas (glicoproteínas). Ou seja, a composição da membrana plasmática é principalmente lipoprotéica ( lipídios + proteínas). O modelo mais aceito atualmente foi proposto por Singer e Nicholson e é conhecido como modelo do mosaico fluido.



Mosaico Fluido

O modelo do mosaico fluido

A disposição das moléculas na membrana plasmática foi elucidada recentemente, sendo que os lipídios formam uma camada dupla e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de proteína. A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência oleosa, e as proteínas mudam de posição continuamente, como se fossem peças de um mosaico. Esse modelo foi sugerido por dois pesquisadores, Singer e Nicholson, e recebeu o nome de Modelo Mosaico Fluido.

Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da membrana e as proteínas têm diversas funções. As membranas plasmáticas de um eucarioto contêm quantidades particularmente grande de colesterol. As moléculas de colesterol aumentam as propriedades da barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos anéis planos de esteróides diminuem a mobilidade e torna a bicamada lipídica menos fluida.

Funções da Membrana Plasmática

A membrana plasmática possui mecanismos que permitem a entrada e a saída de substâncias.

Dizemos que a membrana plasmática seleciona a passagem destas substâncias e que ela possui desta forma uma permeabilidade seletiva, que é uma camada fosfolipídica da membrana plasmática que funciona como uma barreira fluida (maleável) e permite a passagem de substâncias diretamente através dela.

Outras funções estão atribuídas á membrana plasmática, como conservar a forma das células, definir seus limites, manter as diferenças entre o citosol e o ambiente extracelular, auxiliarem no deslocamento e transporte de substâncias.

Vejam um pouco mais através deste vídeo que explica a função e a estrutura da Membrana Plasmática.

Funções das Proteínas

As proteínas da membrana plasmática exercem grandes variedades de funções: atuam preferencialmente nos mecanismos de transporte, organizando verdadeiros túneis que permitem a passagem de substâncias para dentro e para fora da célula, funcionam como receptores de membrana, encarregadas de receber sinais de substâncias que levam alguma mensagem para a célula, favorecem a adesão de células adjacentes em um tecido, servem como ponto de ancoragem para o citoesqueleto.
  • Proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana podem aderir umas às outras formando junções celulares.
  • Proteínas que facilitam o transporte de substâncias entre células.
  • Proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na membrana como um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas especificamente por outras células.
  • Proteínas receptoras de membrana
  • Proteínas de transporte: podem desempenhar papel na difusão facilitada, formando um canal por onde passam algumas substâncias, ou no transporte ativo, em que há gasto de energia fornecida pela substância ATP. O ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula derivada de nucleotídeo que armazena a energia liberada nos processos bioenergéticos que ocorrem nas células (respiração aeróbia, por exemplo). Toda vez que é necessária energia para a realização de uma atividade celular (transporte ativo, por exemplo) ela é fornecida por moléculas de ATP.
  • Proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuar isoladamente como enzima na membrana ou em conjunto, como se fossem parte de uma “linha de montagem” de uma determinada via metabólica.
  • Proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto.

Proteínas dispostas na Membrana Plasmática: (1 e 2) Transmembrana, (3 e 4) Ligadas a bicamada, (5 e 6) Ligadas à membrana por interações com proteínas.

Transporte Via Membrana

Transporte pela Membrana Plasmática

A capacidade de uma membrana de ser atravessada por algumas substâncias e não por outras define sua permeabilidade. Em uma solução, encontram-se o solvente (meio líquido dispersante) e o soluto (partícula dissolvida). Classificam-se as membranas, de acordo com a permeabilidade, em 4 tipos:

a) Permeável: permite a passagem do solvente e do soluto;

b) Impermeável: não permite a passagem do solvente nem do soluto;

c) Semipermeável: permite a passagem do solvente, mas não do soluto;

d) Seletivamente permeável: permite a passagem do solvente e de alguns tipos de soluto.

Nessa última classificação se enquadra a membrana plasmática.

A passagem aleatória de partículas sempre ocorre de um local de maior concentração para outro de concentração menor (a favor do gradiente de concentração). Isso se dá até que a distribuição das partículas seja uniforme. A partir do momento em que o equilíbrio for atingido, as trocas de substâncias entre dois meios tornam-se proporcionais.

Transporte Ativo

A passagem de substâncias através da membrana plasmática pode ocorrer espontaneamente, no entanto a célula também é capaz de bombear (absorver ou expulsar) substâncias contra um gradiente de concentração, ou seja, do meio menos concentrado para o mais concentrado, mediado por transporte ativo envolvendo gasto de energia.

O transporte é realizado principalmente por enzimas transmembranares, denominadas ATPases, proporcionando desequilíbrio nas concentrações iônicas e moleculares extra e intracelular, contra a tendência normal.

Esse fluxo promove ativamente a diferença de concentração de soluto dentro e fora da célula, e exemplifica o funcionamento da bomba de sódio e potássio mantendo o potencial eletroquímico entre as faces da membrana (interna negativa e externa positiva).

Portanto, o bombeamento de potássio (K+) para dentro e sódio (Na+) para fora da célula, na proporção de dois íons K+ que entram para três íons Na+ que saem, estabelece uma concentração contrária ao fluxo normal. Sendo esse mecanismo de fundamental importância para o metabolismo da célula.

Somente obedecendo tais condições, processos como: síntese de proteínas, etapas da respiração celular e transmissão de impulsos elétricos neuronais, podem ocorrer e favorecer a manutenção das reações biológicas em resposta a estímulos ambientais.

A leitura desse texto e sua interpretação, por exemplo, só é possível graças à contínua despolarização e polarização da membrana plasmática de células nervosas, interligando o sistema sensorial visual ao sistema nervoso central (cérebro), que nos capacita realizar ações como: ler, falar, pensar, locomover etc.



Fonte:http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/transporte-ativo.htm


  • Primário:

No transporte ativo primário as proteínas capazes de transportar o soluto para dentro da célula são as chamadas proteínas carreadoras, estas se ligam a substâncias específicas e as transferem através da membrana – contra seu gradiente eletroquímico - sofrendo mudanças em sua conformação e expondo seu sítio de ligação. Estas proteínas são ativadas utilizando a energia da degradação da ligação covalente da adenosina trifosfato (ATP) por hidrólise ou de algum outro composto de fosfato de alta energia, carregando apenas um tipo de soluto de um lado ao outro da bicamada lipídica – denominadas uniportes.

No transporte ativo primário as proteínas capazes de transportar o soluto para dentro da célula são as chamadas proteínas carreadoras, estas se ligam a substâncias específicas e as transferem através da membrana – contra seu gradiente eletroquímico - sofrendo mudanças em sua conformação e expondo seu sítio de ligação. Estas proteínas são ativadas utilizando a energia da degradação da ligação covalente da adenosina trifosfato(ATP) por hidrólise ou de algum outro composgto de fosfato de alta energia, carregando apenas um tipo de soluto de um lado ao outro da bicamada lipídica – denominadas uniportes.

No transporte ativo primário as proteínas capazes de transportar o soluto para dentro da célula são as chamadas proteínas carreadoras, estas se ligam a substâncias específicas e as transferem através da membrana – contra seu gradiente eletroquímico - sofrendo mudanças em sua conformação e expondo seu sítio de ligação. Estas proteínas são ativadas utilizando a energia da degradação da ligação covalente da adenosina trifosfato (ATP) por hidrólise ou de algum outro composto de fosfato de alta energia, carregando apenas um tipo de soluto de um lado ao outro da bicamada lipídica – denominadas uniportes.
No transporte ativo primário as proteínas capazes de transportar o soluto para dentro da célula são as chamadas proteínas carreadoras, estas se ligam a substâncias específicas e as transferem através da membrana – contra seu gradiente eletroquímico - sofrendo mudanças em sua conformação e expondo seu sítio de ligação. Estas proteínas são ativadas utilizando a energia da degradação da ligação covalente da adenosina trifosfato(ATP) por hidrólise ou de algum outro composto de fosfato de alta energia, carregando apenas um tipo de soluto de um lado ao outro da bicamada lipídica – denominadas uniportes.

O tipo de energia utilizada no processo pode ser proveniente de reações químicas, eletroquímicas ou eletromagnéticas (luz). As subclasses deste grupo específico de proteínas são definidas pelo tipo de energia aplicada na bomba (hidrólise de um pirofosfato, reação redox ou da luz).

Este tipo de transporte apresenta saturação, de modo que depende da disponibilidade de sítios livres na proteína para que o transporte aconteça; a velocidade da reação será determinada pela capacidade de transporte das proteínas.

O exemplo mais clássico de transporte ativo primário é a bomba de sódio e potássio (ou Na+- K+ ATPase) que é encontrada na membrana de todas as células de um organismo, e transporta três íons sódio para o lado externo da célula ao mesmo tempo em que transporta dois íons potássio para dentro da célula contendo um sítio com a capacidade de catalisar a clivagem de ATP (atividade de ATPase), voltado para o lado interno da membrana. A importância biológica da bomba, além de manter as concentrações de K e Na constantes, é manter o pH cistólico e regular a osmolaridade impedindo que a célula se rompa. Porém, suas atividades consumem aproximadamente 1/3 da energia celular (chegando a 2/3 em células nervosas).

O funcionamento básico da bomba pode ser descrita pelos seguintes passos: três Na ligam-se em seus sítios correspondentes, a face citoplasmática da bomba é fosforilada por ATP e isso induz a uma mudança conformacional da proteína que transfere os NA pela membrana e os libera na face exterior. Logo depois, dois K ligam- nos sítios da proteína na face extracelular e a desfosforilação do lado interno faz com que a proteína volte a ter sua conformação inicial e transfira os K para dentro da célula.


  • Secundário:
Outra maneira do transporte ativo ser energizado sem a produção e gasto de energia metabólica, é através do transporte ativo secundário. O gradiente de concentração de uma substância representa um armazenamento de energia química potencial que pode ser usado para realizar trabalho (Robert & Matthew, Fisiologia 3aed. 1996) e é justamente este trabalho que vai impulsionar o transporte de uma segunda substância contra seu gradiente de concentração.

Este tipo de transporte pode ser observado, por exemplo, na mitocôndia. Lá, o gradiente de potencia eletroquímico do íon H+ (criado através da membrana da organela pelo transporte de elétrons) é usado para realizar o trabalho da síntese de ATP. Muitas células carregam, também através do transporte secundário, aminoácidos hidrofílicos e neutros contra seu potencial eletroquímico, pois o gradiente do potencial eletroquímico de Na+ criado pela proteína Na+, K+- ATPase á usado para transportar estes compostos para dentro da célula. No transporte ativo secundário de aminoácidos, tanto a intensidade do transporte quanto o grau de acúmulo no interior da célula, dependem do potencial eletroquímico do Na+.

Fonte:http://www.biofisica.ufsc.br/index.jsp?page=arquivos/Transporteativo.html

Transporte Passivo

Ocorre sempre a favor do gradiente, no sentido de igualar as concentrações nas duas faces da membrana. Não envolve gasto de energia.


Osmose

A água se movimenta livremente através da membrana, sempre do local de menor concentração de soluto para o de maior concentração. A pressão com a qual a água é forçada a atravessar a membrana é conhecida por pressão osmótica.

A osmose não é influenciada pela natureza do soluto, mas pelo número de partículas. Quando duas soluções contêm a mesma quantidade de partículas por unidade de volume, mesmo que não sejam do mesmo tipo, exercem a mesma pressão osmótica e são isotônicas. Caso sejam separadas por uma membrana, haverá fluxo de água nos dois sentidos de modo proporcional.

Quando se comparam soluções de concentrações diferentes, a que possui mais soluto e, portanto, maior pressão osmótica é chamada hipertônica, e a de menor concentração de soluto e menor pressão osmótica é hipotônica. Separadas por uma membrana, há maior fluxo de água da solução hipotônica para a hipertônica, até que as duas soluções se tornem isotônicas.

A osmose pode provocar alterações de volume celular. Uma hemácia humana é isotônica em relação a uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (“solução fisiológica”). Caso seja colocada em um meio com maior concentração, perde água e murcha. Se estiver em um meio mais diluído (hipotônico), absorve água por osmose e aumenta de volume, podendo romper (hemólise).




Se um paramécio é colocado em um meio hipotônico, absorve água por osmose. O excesso de água é eliminado pelo aumento de freqüência dos batimentos do vacúolo pulsátil (ou contrátil).

Protozoários marinhos não possuem vacúolo pulsátil, já que o meio externo é hipertônico.

A pressão osmótica de uma solução pode ser medida em um osmômetro. A solução avaliada é colocada em um tubo de vidro fechado com uma membrana semipermeável, introduzido em um recipiente contendo água destilada, como mostra a figura.

Por osmose, a água entra na solução fazendo subir o nível líquido no tubo de vidro. Como no recipiente há água destilada, a concentração de partículas na solução será sempre maior que fora do tubo de vidro. Todavia, quando o peso da coluna líquida dentro do tubo de vidro for igual à força osmótica, o fluxo de água cessa. Conclui-se, então, que a pressão osmótica da solução é igual à pressão hidrostática exercida pela coluna líquida.


Difusão

Consiste na passagem das moléculas do soluto, do local de maior para o local de menor concentração, até estabelecer um equilíbrio. É um processo lento, exceto quando o gradiente de concentração for muito elevado ou as distâncias percorridas forem curtas. A passagem de substâncias, através da membrana, se dá em resposta ao gradiente de concentração.

Difusão Facilitada

Certas substâncias entram na célula a favor do gradiente de concentração e sem gasto energético, mas com uma velocidade maior do que a permitida pela difusão simples. Isto ocorre, por exemplo, com a glicose, com alguns aminoácidos e certas vitaminas. A velocidade da difusão facilitada não é proporcional à concentração da substância. Aumentando-se a concentração, atinge-se um ponto de saturação, a partir do qual a entrada obedece à difusão simples. Isto sugere a existência de uma molécula transportadora chamada permease na membrana. Quando todas as permeases estão sendo utilizadas, a velocidade não pode aumentar. Como alguns solutos diferentes podem competir pela mesma permease, a presença de um dificulta a passagem do outro.

Difusão Simples



Consiste no transporte de substâncias permeáveis à membrana. Estas, em solução, podem fluir de dentro para fora da célula ou vice-versa, de forma espontânea. Este processo ocorre de uma região com maior concentração de partículas para uma com concentrações menores. Trocas gasosas entre o sangue e tecidos é um exemplo deste tipo de transporte.


Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito8.php

Junções Celulares

São estruturas que ocorrem em pontos de contato entre as células, interligando-os de modo que possam formar camadas, servindo para variadas funções além da ligação mecânica. Elas são mais bem visualizadas em microscopia eletrônica, onde mostram claramente as interações entre as membranas plasmáticas.

As junções celulares são classificadas de acordo com sua função:

  • Junções bloqueadoras ou oclusivas: é uma faixa contínua na porção apical das células, que selam, para impedem, total ou parcialmente, o trânsito de íons e moléculas, de um lado para outro da camada.
  • Junções comunicantes: permite a passagem de sinais químicos ou elétricos entre células, de modo harmônico formando um conjunto funcional.




Bibliografia:http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/01.11.04/oclus_bloq.htm

Sinalização Celular

As células de um organismo pluricelular foram programadas para responder a um conjunto específico de sinais extracelulares produzidos por outras células. Esses sinais atuam em várias combinações para regular o comportamento celular. A sinalização celular requer, além das moléculas sinalizadoras extracelulares, um conjunto complementar de proteínas receptoras em cada célula que permita a ela responder de uma forma característica. A maioria dos sinais medeiam uma forma de sinalização no qual são secretadas intermediários locais que são removidos rapidamente.

As células em um organismo multicelular, precisam se comunicar umas com as outras de modo a direcionarem e regularem seu crescimento, desenvolvimento e organização. Células animais se comunicam secretando substâncias químicas que sinalizam células distantes.

Sinais endócrinos ocorrem quando substâncias chamadas hormônio são secretadas pelas células e viajam através da corrente sanguínea até células-alvo. Na sinalização parácrina, a célula secreta mediadores químicos locais que ajem somente em células vizinhas. Moléculas de sinalização parácrina são rapidamente internalizadas, destruidas ou imobilizadas. A sinalização sináptica ocorre quando moléculas são liberadas de vesículas em juncões neuronais chamadas sinapses. Estas moléculas, os neurotransmissores, se difundem através da fenda sináptica e vão agir somente na célula-alvo pós-sináptica. Todas estas substâncias químicas se ligam à receptores de dentro ou de fora da célula-alvo iniciando a resposta celular.

O mecanismo de recepção varia de acordo com a solubilidade de cada tipo de molécula (endócrina, parácrina ou neurotransmissor) em água. Moléculas hidrofóbicas precisam ser carregadas pela corrente sanguínea ligadas a proteínas transporte e por isso sua meia-vida na corrente sanguínea é de horas ou dias, ao contrário de moléculas hidrofílicas que são degradadas rapidamente. Portanto, moléculas de sinalização que são solúveis em água usualmente medeiam respostas de curta duração, enquanto moléculas de sinalização que não são solúveis em água medeiam respostas bem mais longas.

Citoesqueleto


O citoesqueleto é uma das principais estruturas da célula, só está presente nas células eucariotas. Nestas células, ele é o responsável pela variedade de formas e da execução de movimentos coordenados e direcionados. O citoequeleto, também, permite o tráfego intracelular de organelas, vesículas e fatores. Contrariamente ao esqueleto ósseo dos vertebrados, o citoesqueleto é uma estrutura altamente dinâmica que se reorganiza continuamente sempre que a célula altera a sua forma, se divide ou responde ao ambiente. O citoesqueleto está envolvido em inúmeras funções celulares, tais como: contração muscular, transporte intracelular de vesículas, fatores e organelas, e segregação dos cromossomos nos eventos de mitose. Inúmeras doenças implicam em alterações do citoesqueleto, entre elas temos a Síndrome de Duchenne e o câncer na sua fase metastática. Há três filamentos principais compondo o citoesqueleto: os filamentos intermediários, os filamentos de actina e os
microtúbulos.



Filamentos do Citoesqueleto

O citoesqueleto forma uma rede altamente dinâmica e é composto por três filamentos principais: filamentos intermediários, microtúbulos e filamentos de actina. Cada um destes é formado a partir de uma subunidade protéica diferente: actina nos filamentos de actina, tubulina nos microtúbulos e proteínas fibrosas tais como vimentina e lâmina nos filamentos intermediários. A actina e a tubulina têm se mantido altamente conservadas ao longo da evolução dos eucariotos; seus filamentos protéicos se ligam a uma grande variedade de proteínas acessórias que permitem que um mesmo filamento participe de diferentes funções em diferentes regiões das células. Algumas dessas proteínas acessórias ligam os filamentos entre si ou a outros componentes celulares como, por exemplo, a membrana plasmática. Outras regulam a velocidade e a extensão da polimerização dos filamentos de actina e dos microtúbulos controlando, assim, onde e quando eles devem ser montados na célula. Outras ainda são proteínas motoras que hidrolisam ATP para produzir força e movimento direcionado ao longo do filamento. Os três filamentos do citoesqueleto (filamentos de actina, microtúbulos e filamentos intermediários) de uma célula viva estão conectados entre si e suas funções são coordenadas.

Microtúbulos

Cada microtúbulo é formado pela associação de dímeros protéicos que se arrumam em hélice. Os dímeros têm peso aproximado de 110.000 dáltons e são constituídos por duas cadeias polipeptídicas de estruturas semelhantes, mas não iguais, chamadas tubulinas alfa e beta, que formam um dímero, uma molécula dimérica denominada de tubulina. Em corte transversal ao microtúbulo, sua parte mostra-se constituída por um anel com 13 dímeros. As fileiras dos grânulos na seção longitudinal são chamadas protofilamentos.





Microfilamentos de Actina

Todas as células eucariotas possuem a proteína actina. Os filamentos de actina atuam no citoplasma na forma de redes ou feixes.Os filamentos de actina que se distribuem logo abaixo da membrana plasmática, estão ligados entre si por várias proteínas que seligam à actina formando uma rede chamada córtex celular. Esta rede é altamente dinâmica e atua juntamente com as moléculas de miosina no controle dos movimentos da superfície celular. A distribuição e a orientação dos filamentos corticais de actina são controlados por sítios de nucleação na membrana plasmática e diferentes regiões da membrana coordenam a formação de diferentes estruturas baseadas nesses filamentos.

Os filamentos de actina podem formar estruturas lábeis ou estáveis nas células. Filamentos estáveis formam o núcleo das microvilosidades e constituem um componente curcial na maquinaria contrátil das células musculares. A colisão de sinais extracelulares localizados com uma determinada região da superfície celular pode induzir uma reorganização local do córtex de actina sob a região correspondente na membrana plasmática.

Basicamente há três tipos de filamentos de actina modelando a membrana plasmástica das céulas eucariotas: protusões finas e pontiagudas semelhantes a microespículas se formam na superfície das céulas como conseqüência da reunião de feixes de filamentos de actina ancorados no córtex celular; expansões semelhantes a folhas chamadas lamelipódios, formadas também na superfície celular e invaginações da superfície da célula como as que ocorrem durante a divisão celular. Os filamentos de actina são finos e flexíveis.

Aparecem em micrografia eletrônica como fios de 8 nm de espessura, consistindo de uma dupla alfa-hélice compacta de moléculas de actina globular (G-actina) uniformemente orientadas. Portanto, podemos encontrar a proteína actina de duas formas: globular ou monomérica e filamentosa (F-actina), onde a forma globular se arranja de modo a formar um filamento. Assim como os microtúbulos, os filamentos de actina são estruturas polarizadas consistindo de duas extremidades com crescimento diferenciado: uma extremidade positiva (ou extremidade farpada) onde o crescimento é rápido e uma extremidade negativa ou penetrante, de crescimento mais lento.

Esses microfilamentos são formados por duas cadeias de nomômeroas globosos da proteína G-actina, que se polimerizamlembrando dois colares de pérolas enrolados, formando uma estrutura quaternária fibrosa (F-actina). São filamentos finoscom 8 nm de diâmetro. Os filamentos de actina são muito abundante no músculoa é encontrada também, embora em menorquantidade no citoplasma de todas as células, onde constitui 5-30% das proteínas totais do citoplasma.

Já foram descritos seis tipos de moléculas de actina, extraídas de células dos animais ou de células humanas. Trata-se de uma proteína extremamente conservada durante a evolução. Mais de 80% das sequências de aminoacidos são exatamente iguais em todos os tipos de actina. As diferenças nas sequências de aminoácidos estão localizadas na extremidade-NH2 da molécula, e parecem ter influência muito pequena na velocidade da polimerização dos monômeros de actina.

Diversas drogas que influem sobre a estrutura dos microfilamentos de actina, como as citocalasinas e as faloidinas (ambas extraídas de fungos), interferem com os movimentos celulares e têm sido usadas em experimentos sobre esses movimentos. As citocalasinas se combinam com moléculas as moléculas de actina e impedem a polimerização dessas moléculas para formar microfilamentos. As faloidinas se combinam lateralmete com os microfilamentos de actina, estabilizando-os. Tanto as citocalasinas como as faloidinas impedem os movimentos dependentes da actina.

Como no caso dos microtúbulos, tanto a destruição como a estabilização de microfilamentos têm o mesmo efeito, mostrando que o dinamismo entre os monômeros de actina dos microfilamentos e os do pool citoplasmático é essencial para a função desses microfilamentos. Todavia, nem todos os microfilamentos das células não musculares são os mais sensíveis.



Filamentos Intermediários

Os filamentos intermediários são fibras protéicas duras e resistentes encontradas no citoplasma da maioria, mas não de todas as células animais. São assim denominados devido ao fato de, em micrografia eletrônica, possuírem diâmetro de tamanho intermediário entre os filamentos finos (actina) e microtúbulos, de calibre maior.



Sua forma é de cordão com um diâmetro em torno de 10 nm. São formados por um grupo de proteínas heterogêneas. Os filamentos intermediários são muito importantes no citoplasma de células que estão sujeitas à stress mecânico, estando presente em grande número em epitélios ligando as células entre si por junções especializadas, denomiadas de desmossomos.

Os filamentos intermediários s ão consitituídos por polímeros de proteínas fibrosas, contrariamente aos filamentos de actina e microtúbulos que são consitituídos por monômeros globulares. As proteínas que formam os filamentos intermediários são moléculas fibrosas e alongadas que possuem uma cabeça amino-terminal, uma cauda carboxiterminal e um domínio bastão. São encontrados tanto no citoplasma da célula, como nuclearmente

Bibliografia:http://morpheus.fmrp.usp.br/biocell/citoesq.htm
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